O diagnóstico consiste da análise do material coletado por médico citopatologista. O prazo geralmente é de três dias úteis, podendo ser prolongado em situações especiais.
O resultados da biópsia da tireoide são apresentados como um dos seis diagnósticos possíveis, de acordo com o Sistema Bethesda para Notificação de Citopatologia da Tireóide.
– Benigno (categoria II): é responsável por até 70% dos diagnósticos. O risco de malignidade neste grupo é geralmente inferior a 3%. Esses nódulos são geralmente monitorados com ultrassom de acompanhamento dentro de 18 meses e, se necessário, periodicamente depois disso.
– Maligno (categoria VI): representa 3 a 7% de todas as amostras de biópsia. O Carcinoma Papilífero é o tipo mais comum de câncer da tireóide. Os resultados categoria VI apresentam 97-99% de chance de malignidade.
– Suspeito de malignidade (categoria V): quando o resultado de uma biópsia retorna como suspeito de malignidade, há 60-75% de chance de malignidade. São observadas características suspeitas, mas que não preenchem todos os critérios de malignidade. O tratamento normalmente é cirúrgico.
– Atipia de significado indeterminado/ Lesão Folicular de significado indeterminado (categoria III): esta categoria pode ser chamada de “indeterminada”. Esses espécimes têm algumas características atípicas que não configuram necessariamente malignidade. Este diagnóstico carrega um risco de 5 a 15% de malignidade, com alguma variabilidade entre as instituições. A repetição da biópsia e / ou teste genético pode ser útil nesses casos.
– Suspeito para neoplasia folicular (categoria IV): esta categoria também podemos considerar “indeterminada”, e apresenta um risco de malignidade de 15 a 30%. Baseado em critérios citológicos e, principalmente, arquiteturais há dificuldade em classificar esses nódulos como benignos ou malignos, portanto indica-se hemi tireoidectomia para diagnóstico e tratamento. O teste genético também pode ser útil nesses casos.
– Não diagnóstico/ Achados insuficientes para diagnóstico (categoria I): significa que não há células suficientes na amostra para fazer um diagnóstico adequado. Este resultado pode ocorrer devido a características próprias da lesão como fibrose e a presença de vasos calibrosos, conferindo amostras acentuadamente hemorrágicas. Sugere-se nova coleta, exceto se puramente cístico.